terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Em visita ao ES Dilma diz que nunca viu tanta água

Presidente verificou de perto a situação do estado nesta terça-feira (24). Dilma explicou que a prioridade é evitar mais mortes.

No: G1/ES

dilma_helicoptero_editada“Nunca vi tanta água”, declarou a presidente Dilma Rousseff ao sobrevoar as áreas alagadas do Espírito Santo, na manhã desta terça-feira (24). O voo durou aproximadamente 40 minutos. A presidente explicou que a prioridade é salvar as pessoas afetadas e em situação de risco, evitando mortes. Uma ponte provisória também será providenciada na ES-080, em um trecho que ficou destruído. As fortes chuvas já atingem o estado há oito dias e mais de 49 mil moradores precisaram sair de suas casas, segundo a Defesa Civil.
Dilma sobrevoou as cidades em um helicóptero da Força Aérea, junto com a equipe e o governador do estado, Renato Casagrande. A presidente contou que desde que saiu de Brasília, nesta manhã, monitorou os locais de visitação no Espírito Santo e definiu maneiras de ajudar o estado e a população.

Dilma Rousseff explicou que o governo federal vai continuar mandando kits de sobrevivência para os desabrigados no Espírito Santo, mantendo a ajuda da Força Nacional e que vai enviar também hipoclorito de sódio, para purificar as águas que ficaram contaminadas. Ela ainda contou que uma equipe do Exército virá ao estado na próxima quinta-feira (26), para construir uma ponte provisória na rodovia ES-080, onde a via está interrompida, próximo ao município de Pancas, na região Noroeste. Serão seis carretas vindas do estado do Rio de Janeiro com o material para fazer as obras.

“Uma coisa me emocionou muito, foi a solidariedade do povo capixaba. É algo que temos que comemorar nesse Natal. Vamos proporcionar maior resgate de pessoas e buscar dar mais conforto para as pessoas”, declarou a presidenta. Dilma ainda comentou a gravidade da situação em Colatina, no Noroeste do estado, pois o Rio Doce invadiu várias partes da cidade. “Essa é uma situação muito delicada, de muita gravidade, pois o Rio Doce começa em Minas Gerais, onde a situação também está preocupante. Então esse é um problema de dois estados, o rio não para de subir quando chega no Espírito Santo, subiu nos dois lugares. Vamos dar apoio integral aos dois governos”, disse.

Ajuda financeira

Enquanto esteve no estado, a presidente foi questionada sobre a necessidade de conceder mais ajuda financeira ao Espírito Santo, a presidente disse que já está “jogando dinheiro aqui” com a presença do Exército.

Mais investimentos serão analisados, segundo Dilma. “Essa é uma questão que nós vamos olhar com o governador e com os órgãos locais. Já repassamos todos os dinheiros disponíveis. Nós já demos 9 mil kits aqui, tudo que nos pediram nós demos. O governo federal vai manter equipe aqui, toda ação da Segurança Nacional é com nosso recurso. Todos os veículos que estão aqui são com nosso recurso, nós estamos jogando dinheiro aqui”, falou.

Dentre a ajuda oferecida pelo Governo Federal ao Espírito Santo estão três mil kits dormitório, três mil kits de limpeza e três mil kits de higiene pessoal. Além disso, outro helicóptero e quatro geólogos vieram ao estado. Anteriormente, o governo federal já havia anunciado a doação de duas mil cestas básicas.

Rede social

Antes mesmo de desembarcar em Brasília, a presidenta comentou a visita ao Espírito Santo pelo Twitter. “A tragédia das chuvas no Espírito Santo destruiu casas, estradas e sonhos. Vamos tentar reconstruir os três.#ChuvanoES”, escreveu no microblog. Ela disse também que se reuniu com o governador e autoridades locais.

Segundo a presidenta, serão liberados primeiro os recursos necessários para “resgatar as pessoas, salvar vidas e abrigar as famílias atingidas”. Em seguida serão reconstruídas estradas, hospitais, escolas e moradias nos municípios alagados.

Ela escreveu ainda que também serão feitas obras estruturantes de prevenção e que o governo já contratou os R$ 608 milhões.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Hipócritas!

Por: Eliseu

chuva_alagamento_desabrigado_corrupçao“Chuva deixa mais de 800 fora de casa”, essa é a chamada de capa do G1/ES de hoje, cuja matéria se intitula “Mais de 800 pessoas estão fora de casa no ES, segundo Defesa Civil”, descrevendo que “São 94 desabrigados, 713 desalojados e 248 edificações danificadas. Boletim foi divulgado às 11h desta quarta-feira (18).”

E como o leitor pode ver na página do G1/ES como nos demais órgãos de imprensa, descrevem a lamentável situação da população capixaba em que muitos perderam tudo, alguns perdem até a própria vida e a de familiares, sempre insinuando que a culpa é da chuva. E, grande parte da desinformada população concorda: “foi Deus que quis assim”, dizem.

Como sabiamente disse Joseph Pulitzer, “com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma” é o que tem acontecido. De tanto repetir que a culpa é da chuva, a população pensa que é mesmo.

Mas porque a mídia não fala a verdade? Simples! Ela (a mídia) recebe verdadeiras fortunas de publicidade - a maioria delas enganosa - de órgãos públicos. Todos: Federais, Estaduais e Municipais. Então fica fácil chegar a conclusão do porque tamanha mentira, tamanha hipocrisia, principalmente tratando-se do PIG capitaneado pela Rede Globo e seus tentáculos que é a que recebe maior verba governamental.

A culpa dos alagamentos e consequente prejuízos à população não é da chuva, de São Pedro, de Deus ou seja lá que entidade for. A culpa é exclusivamente dos nossos governantes, principalmente dos prefeitos nos casos das cidades, que se preocupam mais em dilapidar (roubar mesmo) o erário público que resolver os problemas antes que as chuvas cheguem com obras bem feitas de saneamento básico e educação e fiscalização rigorosa da população para que não jogue lixo em locais indevidos.

Para relembrar a irresponsabilidade dos nossos governantes, publiquei aqui neste blog em 21/11/2011, matéria intitulada “Governo do Rio tem solução para enchentes: Sirenes”. Seria hilário se não fosse trágico!

domingo, 1 de dezembro de 2013

Zezé Perrella, a cocaína e o sobrenome roubado

Por : Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo

zeze_perrela_cocaina_drogasPara onde ia a cocaína apreendida no helicóptero da família Perrella? Segundo a Polícia Federal, para a Europa. Os 450 quilos foram avaliados em 10 milhões de reais. Com o refino, pode chegar a dez vezes isso. É a maior apreensão já ocorrida no Espírito Santo, a segunda maior do ano.

É uma operação milionária. O piloto avisou que receberia 60 mil pelo transporte. Quatro pessoas acabaram presas e foram levadas à Superintendência da PF, em São Torquato, Vila Velha. A polícia investigava a área. O sítio, que valeria 300 mil, teria sido comprado por cerca de 500 mil por um laranja, o que despertou a desconfiança da comunidade.

O “grande” traficante, no Brasil, é visto ainda como o sujeito que mora no morro, tem cara de mau, torce para o Flamengo e vive numa “mansão” (a cada invasão de favela aparece uma jacuzzi vagabunda que os telejornais classificam como “uma das mordomias” de Pezão, Luizão, Jefão ou seja lá quem for).

A possível ligação de dois políticos, pai e filho, com uma apreensão desse tamanho mostra que o tráfico vai muito além disso. O deputado estadual Gustavo Perrella (filho de Zezé), num primeiro momento, declarou que a aeronave fora roubada. Depois surgiu uma troca de mensagens com o piloto. Ele vai depor na PF, bem como sua irmã. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro (o Kakay), diz que o SMS vai provar que seu cliente não sabia de nada. A Folha deu que Gustavo usava verba pública para abastecer a aeronave. O piloto, aliás, era funcionário da Assembleia.

Os Perrellas dão um enredo mafioso clássico. José Perrella, ex-presidente do Cruzeiro, empresário, senador, já foi indiciado por  lavagem de dinheiro na venda do zagueiro Luizão, em 2003. Um inquérito da PF e outro do Ministério Público de Minas investigam também ocultação de patrimônio.

Segundo o “Hoje em Dia”, sua mais recente declaração de bens ao TRE falava em apenas 490 mil reais. Só a fazenda Morada Nova, a 300 quilômetros de Belo Horizonte, está avaliada em 60 milhões de reais.

Em matéria de sinais exteriores de riqueza, ainda possui uma Mercedes CL-63 AMG, que custa em torno de 300 mil reais. Sua casa, no bairro Belvedere, o mais caro de BH, estaria avaliada em 10 milhões. Gustavo, por sua vez, é dono de uma Land Rover e um BMW, dos quais só o último foi declarado à Justiça.

Zezé Perrella chegou a BH com os seis irmãos nos anos 70, vindo do interior do estado. Vendiam queijo e linguiça da roça. Seu enriquecimento foi fulminante, especialmente depois de entrar para a política em 1998. Naquele ano, declarou ter 809 mil reais. Na eleição seguinte, perto de 2 milhões. E então um milagre aconteceu: em 2006, seu patrimônio, no papel, caiu para 700 mil. Até chegar aos 490 mil. Um helicóptero como o usado na apreensão de coca sai por 3 milhões. Não há hipótese de ele sair do chão sem que o dono saiba.

O caso dos Perrellas tem os contornos de uma história da máfia até pelo nome italiano. Mas até mesmo aí existe um problema: ele foi, digamos, “emprestado”.

Perrella é o sobrenome de um imigrante do sul da Itália, Pasquale, que começou vendendo banha de porco em Belo Horizonte no início do século passado. A banha servia para conservar alimentos. O negócio prosperou e seus descendentes criaram um frigorífico que se tornaria famoso. Em 1988, o frigorífico foi vendido para José de Oliveira Costa, nosso Zezé, que fez um acordo para passar a assinar Perrella, registrado em cartório. Parte dos netos e bisnetos de Pasquale se arrepende amargamente de ver agora o nome do velho envolvido em crimes. Em fevereiro, a empresa foi acusada de adulterar carnes.

No ano passado, Zezé Perrella escreveu um artigo para o jornal “O Estado de Minas”. Um bom trecho:

A corrupção tem sido, infelizmente, uma constante da política e da administração pública brasileira, além da participação de segmentos privados.

É um fenômeno mundial, no qual alguns países, como o nosso, se destacam pelo grau de incidência e, ainda maior, de impunidade. Mesmo que os escândalos sejam comprovados. Isso resulta na descrença da sociedade na preservação dos valores morais e éticos próprios de uma civilização.

É tempo de um basta definitivo e a oportunidade se aproxima.

Repetindo: é tempo de um basta definitivo e a oportunidade se aproxima.

Ps do O Carcará: Não podemos nunca esquecer que um dos caciques do PSDB está envolvido nisso. O Senador playboy Aécio Neves já saiu em defesa dos Perrella, e o “coisa ruim do FHC já defendeu abertamente o uso e tráfico de drogas.