terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Traficantes impõem “toque de recolher” em Serra, ES.

Está tudo invertido nesse nosso belo Brasil tropical, terra de palmeiras onde canta o sabiá (pelo menos cantava), de todos os santos, belas mulheres, carnaval, políticos corruptos e bandidos que circulam livre e impunimente.

Hoje está acontecendo na bela cidade que reside este blogueiro, Serra, ES, Região Metropolitana de Vitória, um “toque de recolher” após uma madrugada de baderna (que dizem ser manifestação), com depredação de patrimônio público, destruição de ônibus e enfrentamento com a polícia pela morte de um garoto de 14 anos em troca de tiros com a Polícia Militar, que apesar de não “ter passagem”, estava em um carro roubado na companhia de seis criminosos, altas horas da noite.

Conforme está noticiando a imprensa local, o carro em que estavam os sete jovens tinha restrição de furto e roubo desde o dia 24 de fevereiro. A PM tentou em vão parar o veículo que já vinha sendo perseguido por vários quilômetros, desde o Bairro São Marcos, para que as pessoas fossem detidas. Houve troca de tiros, foi feito um bloqueio na entrada do Bairro José de Anchieta, que eles furaram e conseguiram chegar em Jardim Tropical. A partir daí houve uma nova troca de tiros e duas pessoas foram baleadas. Duas fugiram e três foram presas, conforme disse o comandante do Comando de Polícia Ostensiva Metropolitano (CPOM), coronel Edmilson dos Santos. Segundo o coronel, os detidos já tinham passagem pela polícia. "Os três têm passagem por porte ilegal de armas, tráfico de drogas e roubo. O de 14 anos não tinha passagem pela polícia. Mas como um garoto de 14 anos, por volta das 23h, estava em um carro roubado? Eles tiveram chance de se render, isso não começou em Jardim Tropical", disse Edmilson dos Santos.

A família do garoto garante que ele não tinha envolvimento com o crime, mas não esclareceu o que ele fazia junto a criminosos. "A polícia atirou, atirou até matar meu sobrinho", declarou a tia, Elizabete da Penha Barroso. "Foi uma covardia o que fizeram. Uma covardia! O menino não fez nada com ninguém", completou Heloísa Helena Barroso, outra tia do adolescente. “Ele era um menino de ouro, todo mundo adorava ele. Eu sei que meu sobrinho nunca usou droga, nunca roubou, nunca matou e nunca fez mal a ninguém. Ele era uma criança. Há uns três meses atrás nós juntamos dinheiro e compramos uma mobilete para ele porque ele era um menino de ouro. Ele pegou uma carona e o carro era roubado”, comentou o tio Edson Gomes.

Com todo respeito à família do garoto morto, fato é que a população vem “pagando o pato” como sempre. Após o confronto entre policiais e moradores (ou uma parte deles) revoltados com a morte do garoto, durante a madrugada o clima era de tensão no bairro Jardim Tropical nesta terça-feira (28). Traficantes impuseram toque de recolher na região e comerciantes fecharam as portas das lojas do bairro no final da manhã. Segundo a polícia, o toque de recolher foi determinado por traficantes que agem no bairro.

Conforme informou a rádio CBN Vitória, a noite desta segunda-feira (27) foi de terror para os moradores do bairro Jardim Tropical, na Serra. O bairro amanheceu com duas escolas e um Centro de Educação Infantil fechados. Os comerciantes e os moradores estavam com medo após a ordem de toque de recolher imposta por traficantes na manhã desta terça-feira (28). Pelas ruas, havia placas de trânsito quebradas, madeiras queimadas e muito lixo. Alguns estabelecimentos comerciais abriram no decorrer da manhã. Mas, por volta de 12 horas, os comércios voltaram a fechar as portas por conta de um novo toque de recolher. Também o posto de saúde não funcionou.

Ainda durante a noite, depois do confronto e da morte do garoto, a população destruiu um ônibus e colocou fogo em pneus e madeira no meio da rua.

Só para lembrar, Toque de recolher é a proibição decretada por um governo ou autoridade, e não por bandidos.

Como diz o ditado popular, “diga-me com quem andas e eu te direi quem és”. Sem querer emitir juízo de valor, e com todo respeito à dor dos familiares, parece que nesse caso, mais uma vez a família só agiu (ou reagiu) após o fato. É lamentável!

Por: Eliseu 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Todos querem os royalties

plenario_camara__167e0135f8Será realizada na próxima terça-feira (28) a primeira mobilização municipalista do ano. Promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), o evento terá como tema principal o projeto de redistribuição dos Royalties de Petróleo. Os gestores municipais voltam mais uma vez ao Congresso Nacional para reivindicar a aprovação do PL 2565/2011 na Câmara dos Deputados.

A Mobilização Ações e Estratégias 2012 ocorrerá a partir das 9 horas, no auditório Petrônio Portela, nas dependências do Senado Federal. São esperados para a reunião mais de 250 prefeitos e prefeitas. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, convida a todos os interessados a discutirem os rumos do movimento municipalista deste ano.

“Vamos cobrar aquilo que foi prometido ainda para 2011. A Câmara precisa votar a distribuição dos Royalties ainda neste primeiro semestre, como foi divulgado pela Casa”, defende Ziulkoski.

A proposta do royalties, após o Senado ter aprovado o substitutivo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), no ano passado, encontra-se na Câmara Federal. Caso seja aprovado, o prejuízo para os cofres capixabas pode chegar a R$ 9 bilhões até 2015.

Por: Folha Vitória

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Crueldade com animais e extração ilegal de areia em área do Exército

mafia_da_areia__b53df495aaUma reportagem da TV Vitória, que também foi publicada na Folha Vitória mostra a intensidade da impunidade que anda acontecendo no Brasil. Numa área do órgão que é responsável pela garantia da lei, da ordem e dos poderes constitucionais, o Exército Brasileiro, ocorrem graves crimes ambientais e de maus tratos a animais, além de sonegação fiscal, exploração de trabalho infantil e tráfico de drogas.

A reportagem da Folha Vitória diz que o terreno onde a extração ilegal de areia é feita é utilizado como área de treinamento pelo Exército. Os carroceiros são os responsáveis por extrair e transportar a areia nos veículos de tração animal. A ação acontece sem qualquer tipo de autorização.

“A pessoa interessada em extrair qualquer tipo de material mineral tem que entrar com um pedido de título minerário da área com o Departamento Nacional de Pesquisa de Produção Mineral (DNPM). A partir do momento que você obtém este título minerário, você entra no órgão ambiental solicitando a licença. Você só pode extrair qualquer material com licença ambiental. O órgão ambiental, ao emitir a licença, faz algumas exigências como uma medida de controle dos impactos causados por essa atividade”, explicou o especialista em licenciamento ambiental, Eduardo Venturini.

Ainda de acordo com a Folha Vitória, durante o dia é possível ter uma ideia de como o terreno do Exército está sendo devastado pela extração de areia. Uma verdadeira clareira foi aberta. São anos e anos de extração e tudo acontece à vista de todos.

exercito-brasileiro-5O terreno das Forças Armadas que dá acesso ao areal de Barramares é fechado pela vegetação. O local não tem cerca e os portões não ficam trancados. A fragilidade na segurança facilita a ação da rede criminosa.

A retirada do mineral acontece com maior intensidade durante a madrugada. O material extraído da área militar é amontoado nas ruas de chão batido às margens do terreno. Vias geralmente mal iluminadas que se transformam em verdadeiros depósitos.

Na Rua Fevereiro, é impossível transitar. As montanhas impedem a passagem de veículos e até de pedestres. Um trabalhador que acabava de voltar do areal acompanhado de seus seis filhos falou da diferença de preço entre a areia extraída ilegalmente e a vendida no mercado.

Ele contou que o tipo de areia que havia extraído era utilizado para bater laje e a caçamba do material custa R$ 150. “Essa areia é daqui da área do Exército. Na loja essa areia sai a mais de R$ 300”, contou à reportagem o trabalhador que não foi identificado.

O esquema é sustentado pela falta de fiscalização e pela impunidade. “A gente aciona a Polícia Ambiental, eles anotam a ocorrência e nada de aparecer”, disse um comerciante da região que não quis se identificar.

A Polícia Ambiental tem conhecimento da situação de Barramares. De acordo com o capitão Mattos, apenas em 2011, o batalhão registrou 58 ocorrências relacionadas à extração ilegal. Dessas, 50 são do município de Vila Velha.

Os materiais dos carroceiros são recolhidos, mas ele afirma que a legislação está a favor de quem pratica o crime. “A lei é branda. Para você ter uma ideia, a multa é de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil por hectare. Extraem toneladas de areia e a quantia da multa é irrisória. A pena é um ano ou multa. Nesse caso, apreendemos o indivíduo, levamos para a delegacia e lá é feito um termo circunstanciado. Ele paga a fiança normalmente, se for o caso, e depois é liberado”, afirmou o policial.

Os animais também sofrem com a exploração. Imagens feitas no areal chocam pela crueldade e covardia com que um carroceiro age ao bater em um cavalo com uma vara. “As costas deles ficam em carne viva porque eles batem com a pá e não com o chicote. Eles usam a própria pá que eles extraem a areia para bater nos animais. Inclusive, quando bate assim, a gente, que é ser humano, chega a chorar”, disse o comerciante.

Tanto a noite quando durante o dia é possível notar como o crime deixa rastros. Uma rotina para quem vive refém do areal de Barramares. E se o terreno parece estar abandonado pelo poder público, começam a aparecer candidatos a donos. Em uma disputa armada, traficantes loteiam a área militar.

“Alguns caras queriam dominar o pedaço para retirar areia, ameaçando os outros que querem pegar areia também porque vai muita família, crianças, mulheres. Então, alguns querem tomar conta do pedaço, andam armados e ameaçam dizendo que não podem ir porque eles estão lá tirando, para não atrapalhar o movimento deles. Lá dentro do areal rola venda de droga também”, revelou o comerciante.

E tudo isso sob o complacente olhar do poder público.

Por: Eliseu 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Vídeo: Massacre no Pinheirinho!

massacre-pinheirinhoA cada dia aparecem novos depoimentos, imagens e vídeos sobre o abuso da polícia paulista, praticado por ordens do desgoverno tucano de Geraldo Alckmin e sua corja de bandidos, incluindo aí, e principalmente, o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Pedrosa Cury (PSDB) e o prefeito de São Paulo, o pedessista Gilberto Kassab que tem grandes interesses imobiliários.

De acordo com a Rede Brasil Atual, interesses econômicos "passaram por cima" do Pinheirinho, sustentado pelo advogado Thiago Barison, da Comissão de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados de São Paulo, que disse ser a decisão liminar de reintegração de posse do terreno do Pinheirinho, em São José dos Campos, carecer de sustentação jurídica e foi muito mais um ato de exceção, orientado por interesses econômicos e políticos. As declarações foram dadas na manhã desta quinta-feira (16), em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Barison afirmou que a população em geral recebe informações incompletas sobre a desocupação daquela população e, por isso, fazem um juízo equivocado da situação. "Se as pessoas tivessem acesso às informações sobre o processo ficariam ao lado dos moradores do Pinheirinho. Primeiro, a área não cumpria nenhuma função social, era um terreno baldio quando começou a ser ocupado em 2004. Juridicamente, só merece a proteção possessória a propriedade que tem sentido de existir, isto é, tenha um propósito como  moradia, atividade econômica, cultural, educacional etc.  Ocorre também que havia uma dívida milionária do proprietário para com a prefeitura e, por isso, qual a razão para se devolver o terreno ao titular da posse. E ainda havia um acordo firmado para desapropriar o terreno em favor da União para implementar programas de moradia", lembrou.

O advogado e ativista diz ainda que a decisão liminar da juíza da 6ª Vara Civil de São José dos Campos, Márcia Loureiro, desrespeita aspectos da legislação sobre o tema.  "A reintegração deve ser concedida no prazo máximo de um ano e um dia após a chamada turbação de posse" , disse, lembrando os oito anos de existência da comunidade. 

"Se a população soubesse de que lado está a legalidade, ao menos ficaria em dúvida (quanto a apoiar a operação policial e o despejo). Para entender o caso, devemos olhar para o contexto político e econômico em que tudo está acontecendo", continuou.

A despeito do vídeo que citei acima, abaixo publico um que está hospedado no You Tube, que apesar de um pouco longo, cerca de 16 minutos, vale a pena ver. O vídeo dispensa maiores comentários sobre o terror que o polícia paulista usou para expulsar de suas moradias crianças, idosos, gestantes e todos os moradores, numa cena só vista no período ditatorial. E tudo por interesses particulares de bandidos, como o bandido que autorizou tal ação (o governador e seus “cupinchas”) em favor do mega bandido Naji Nahas, e pela política higienista praticada pelo desgoverno tucano de Geraldo Alckmin e do pedessista Gilberto Kassab.

Por: Eliseu

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Gosta de animais? Adote um cão!

A CRUELDADE E O ABANDONO ESTÃO EM TODO O LUGAR. O AMOR TAMBÉM!!!! POR FAVOR, DIVULGUEM PARA OS CONTATOS DA GRANDE VITÓRIA. A HANNAH PRECISA DE UM LAR. AJUDEM. COMPRATILHEM!!! PARA ADOTAR A HANNAH LIGUE: (27)3066-3015 MÁRCIA / (27)3245-2335 LANA / (27)9275-7109 ANDERSON.

Oh, dó! Cadelinha tem medo de escada. Veja!

Em um vídeo que está fazendo sucesso na internet, a filhote mostra seu medo em descer as escadas que dão acesso à entrada da casa de seu dono.

Aos poucos, ela vai superar esse medo, né? Torcemos por você, Lilly!

Veja as imagens.

Lilliput, ou Lilly para os íntimos, é uma cadelinha de cerca de dois meses e meio.

Por: TV Ig

Escândalo na Igreja Maranata: Governo do ES doou dinheiro

Governo teria doado mais de R$ 1,2 milhão em três anos, diz Diário Oficial. Secretaria de Saúde firmou maior parte dos convênios com a Maranata.

igreja_maranataDinheiro do Governo do Estado também pode estar incluído nas doações feitas à Igreja Cristã Maranata, em convênios firmados desde 2006. No total, foram sete convênios e contratos, de acordo com informações do Diário Oficial. Mais de R$ 1,2 milhão foi repassado, num período de três anos, à uma uma fundação criada pela Igreja Maranata. O dinheiro foi usado para pagar contas de água, luz e telefone, e também para comprar equipamentos como um mamógrafo. A maior parte dos convênios foi firmada entre a Igreja e a Secretaria Estadual de Saúde.

O secretário estadual de saúde da época, Anselmo Tosi, divulgou nota informando que boa parte do dinheiro público foi doado a pedido de deputados estaduais. Segundo ele, a secretaria apenas cumpriu o que estava previsto nas emendas parlamentares. Anselmo Tosi ressaltou ainda que cabe as instituições prestarem contas sobre a aplicação do dinheiro. Tosi também defende que os recursos públicos devem ser aplicados com zelo e qualquer irregularidade investigada com rigor.

O Ministério Público Estadual (MP-ES) também está investigando o caso. Segundo a denúncia, o desvio pode chegar a mais de R$ 20 milhões. A igreja afastou três pastores e um contador. O presidente da instituição foi procurado na tarde desta terça-feira (14), mas não atendeu as ligações. O advogado de defesa, Homero Mafra, alegou estar proibido de falar sobre o caso.

A Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa), de Vitória, abriu um inquérito policial e também investiga as irregularidades. A própria igreja entrou com ação na justiça contra o ex-vice-presidente e o contador. Eles são acusados de comandar os desvios de dinheiro do dízimo. A ação corre na 8ª Vara Cível de Vitória.

Leia a nota na íntegra:
O ex-secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tozi, esclarece que grande parte das emendas parlamentares era para a área de saúde e os recursos repassados por convênios, cabendo às instituições prestar contas, seguindo todas as exigências legais. O secretário defende que os recursos públicos devem ser aplicados com zelo e qualquer irregularidade investigada com rigor.

Deputado doou R$ 300 mil
O deputado federal Carlos Manato doou R$ 300 mil a uma fundação criada pela Igreja Cristã Maranata, em 2008. A doação foi confirmada pelo próprio deputado, na sexta-feira (10), por telefone, ao G1. De acordo com Manato, as doações são provenientes de fundos do Ministério da Saúde. Ele não acredita que o dinheiro tenha sido repassado à igreja.

"A chance desse dinheiro ter ido para a igreja é zero. A fundação foi criada pela igreja, mas tem sua autonomia. Ela é gerida diferentemente da igreja. Ela tem obras assistenciais e também de saúde, e foi para esta área a minha doação. A fundação tem projetos de tratamento de câncer de pele, que eu conheço bem. Tem fiéis da Maranata na fundação, mas é zero a chance desse dinheiro ter ido para lá", afirma.

Mais suspeitas
Segundo matéria publicada no Jornal A Gazeta de sexta-feira (10), documentos de uma investigação interna apontam que um sobrinho do presidente da Igreja Maranata é dono de uma empresa de equipamentos de sonorização que prestou serviços à igreja. Nos últimos seis anos, a empresa teria recebido R$ 23 milhões. A Igreja Maranata informou que a contratação de fornecedores segue o preço de mercado e que não há nenhuma ingerência na gestão administrativa da instituição.

Sobre a procedência das denúncias da suposta participação do sobrinho do presidente no esquema, o advogado do grupo de ex-membros da Igreja Maranata, que promoveu as denúncias iniciais, Leonardo Shuler, afirmou ao G1 que, pela processo correr em segredo de Justiça, não pode informar se foi o grupo que ele representa que descobriu a denúncia.

Na tarde de sexta-feira (10), o advogado de defesa criminal da Igreja Maranata, Homero Mafra, compareceu à delegacia, mas não atendeu a imprensa.

Denúncia
A suspeita de desvio de mais de R$ 2 milhões arrecadados do dízimo pago por fiéis, além de compras superfaturadas e caixa dois, fez ex-membros da Igreja Maranata, no Espírito Santo, fazerem denúncias, que resultaram no afastamento de três pastores e um contador. A partir das denúncias, a Igreja Maranata move uma ação na 8ª Vara Cível contra o ex-vice-presidente e o contador. Entre eles, está um ex-vice-presidente da instituição, criada há 43 anos no estado e que já possui 5,5 mil templos no Brasil e em outros país.

O Ministério Público Estadual (MP-ES) informou que as denúncias direcionam para diversas irregularidades. O contador suspeito de participar do desvio Leonardo Meirelles de Alvarenga disse, em nota, que só se pronunciará sobre a ação por meio de sua defesa. O G1 tentou contato com ex-vice-presidente da igreja, investigado no processo, mas ele não atendeu as ligações.

Como funcionava?
Um serviço que custaria, por exemplo, R$ 5 mil, era registrado como se valesse R$ 8 mil. Segundo a denúncia, a igreja pedia nota fiscal com valor superfaturado e no acerto de contas as empresas ficaram com o valor real do serviço. Os demais R$ 3 mil, nesse exemplo, eram desviados para o ex-vice presidente da igreja ou por pessoas indicadas por ele. "Vi documentos que comprovam que o patrimônio de um dos denunciados é assustador, incompatível com o que ele ganhava”, exemplificou o ex-pastor, que preferiu não se identificar. Ele ainda disse que há evidências de que a fraude acontecia desde 2006.

Por: G1/ES

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Meu caro obsceno

Por: Matheus Pichonelli, no CartaCapital

wando-300x157Mal a primeira lágrima havia rolado e já tinha apresentador na televisão perguntando ao convidado (do Parangolé) numa mesa-redonda-futebol-debate montada às pressas: “Qual a importância do Wando para a música popular brasileira?”.

Pouco depois, um dos apresentadores, olhos marejados, lembrava da matéria, feita por ele em 2007: a reportagem tinha link ao vivo (na época, claro) numa feira livre com Wando, óculos escuros e…caixas de morangos. Antes das 10h, não se falava em outra coisa na internet. Brazil trends número 1: #RipWando. Número 2: Fogo e Paixão.

Na semana passada, quando chegou a notícia de que o estado de saúde do cantor era delicado, já tinha foto-montagem para correntes de oração na internet: a famosa capa de disco (LP mesmo) do sujeito vestido de branco, rosto à la ursinho Teddy, segurando uma maçã. Ao lado, uma vela de sete dias, uma imagem de São Jorge e uma calcinha, vermelhíssima, pendurada. A foto veio compartilhada com a mensagem: “Tamos contigo, seu Obsceno”.

Na quarta-feira 8, homenagens não faltaram ao cantor antes e depois de sua derradeira viagem, aos 66 anos. Estava internado num hospital em Nova Lima, em Minas Gerais.

Um extraterrestre de férias no Brasil que ligasse a televisão do hotel e se deparasse com uma imagem de arquivo do Wando cantando “meu iaiá, meu ioiô” naquele Sabadão do Gugu era capaz de se perguntar, ao ver a profusão de suspiros imediatos: “Como?”

Alguém nascido depois da Copa de 90 e aprendeu que brega mesmo era rock de Brasília feito dez anos antes entraria em parafuso.

Não por menos. Fisicamente, Wando era um misto de Campos Machado (o deputado estadual biônico do PTB de São Paulo) e Reginaldo Rossi (o amigo do garçom de orelhas biônico à mesa do bar). Era o protótipo do que o brasileiro foi um dia e agora tem vergonha de lembrar: o machão de camisa desabotoada, as muitas correntes à mostra, a barriga de cerveja ao fim do expediente. E que, para fazer sucesso, rimava “louca” com “boca”, “não” com “chão” (e de repente qualquer outra palavra em “ão” cabia na rima com “coração”).

Ainda assim, foi durante anos (e tudo indica que continuará sendo) a salvação de festas de todo tipo, aí incluindo as de casamento. Quando aquele drum’n bossa em inglês não era capaz de colocar nem a noiva pra dançar, vinha o DJ com aquele “você é luz”. Era fatal: até a prima fresca ia para a pista com os sapatinhos na mão, o chinelo descartável nos pés, os óculos lilás balançando junto com as anteninhas de vinil à la Chapolin. Na sequência vinha YMCA, mas aí é outra história.

E o extraterrestre, assim como o torcedor que viu Raí mas não viu Sócrates, seguiria se perguntando: por quê?

Porque o artista, caro extraterrestre, é antes de tudo um personagem. E Wando fez multidão vestindo um personagem, não muitos (contraditórios, que cantam a paz e destroem cenários), mas um.

Não houve nem haverá coletânea de sucessos românticos que não tenha “Moça”, aquela música em que, já às portas do século 21, alguém jurava: “Moça eu sei que já não é pura, teu passado é tão forte pode até machucar”.

E as moças, as puras e impuras, dobravam as mangas do tempo e jogavam os sentimentos no chão (algumas, as calcinhas para o palco). Em tempos de “ai se eu te pego”, o refrão seria algo maldito, proibido para menores. Mas Wando era parte de um folclore que deixava a lenda e subia aos palcos.

E o extraterrestre, parnasiano convicto, arrancaria os cabelos, se os tivesse, de vergonha alheia. Porque nada pode ser mais direto do que dizer: “Tem mulheres que só mostram os joelhos e logo o corpo dá sinal”. Ou: “Eu tô atolado de amor até o pescoço, sentindo no osso essa sensação. Tô fraco, dopado, demente, tô burro, tô bobo”.

(Mais direto, só desenhando, mas aí sim seria proibido para menores).

Para o artista, vergonha alheia é quase um alter ego. Alguns rejeitam o sucesso, dizem ter evoluído com o tempo, somem com o popular do repertório. Outros se abraçam nela até o fim. Wando o abraçou. Sabia, do início ao fim, que nada seria mais brega do que “falar ao coração”. E a fórmula era, e é, infalível (até o tio resmungão, que se negou a dançar na pista no casamento da sobrinha, balançou os pezinhos, vexado, com “Fogo e Paixão”).

Até que um dia, o coração, justo ele, deixou de bater. E o extraterrestre, já PhD em música popular (e agora sem ver sentido na pergunta do apresentador da tevê), já ligou para casa para avisar: “me espere amanhã, levo o meu coração pronto pra te entregar”.

Em vez de lembranças de algum cenário paradisíaco, o visitante levará na bagagem, além do coração, um Campari, os morangos, a vitrola e um LP – daquele que cantou tudo o que ele queria saber e jamais teve coragem de perguntar (nem de cantar).

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Livro lista 5 principais arrependimentos de pessoas prestes a morrer

120202120055_depression304Uma enfermeira australiana lançou um livro com uma lista de cinco principais arrependimentos de pessoas que estão prestes a morrer.

Bronnie Ware, que é especialista em cuidados paliativos e doentes terminais, afirma que reuniu em seu livro "confissões honestas e francas de pessoas em seus leitos de morte", confissões que, segundo ela, mudaram sua vida.

"Encontrei uma lista grande de arrependimentos, mas, no livro, me concentrei nos cinco mais comuns", disse a autora à BBC.

"O principal arrependimento de muitas pessoas é o de não ter tido coragem de fazer o que realmente queriam e não o que outros esperavam que fizessem", acrescentou.

"Outro arrependimento comum é de não terem trabalhado um pouco menos, o que fez com que perdessem muitas coisas em suas vidas", disse Ware.

O livro de Ware, intitulado The Top Five Regrets of the Dying - A Life Transformed by the Dearly Departing ("Os Cinco Maiores Arrependimentos à Beira da Morte", em tradução livre) relata as experiências da autora durante anos de trabalho em cuidados de doentes terminais.

Os pacientes de Ware, geralmente, eram pessoas que já não tinham chances de recuperação e podiam morrer a qualquer momento.

A enfermeira afirma que isto permitiu que ela compartilhasse com estes pacientes "momentos incrivelmente especiais porque passei com eles as últimas três a doze semanas de suas vidas".

Cinco grandes arrependimentos

1. Queria ter tido a coragem de fazer o que realmente queria, e não o que esperavam que eu fizesse

2. Queria não ter trabalhado tanto

3. Queria ter tido coragem de falar o que realmente sentia

4. Queria ter retomado o contato com os amigos

5. Queria ter sido mais feliz

Texto viral

120202100752_bronnie304Ware conta que a ideia para o livro surgiu depois que um artigo que publicou em seu blog transformou-se em um texto viral, espalhando-se pela web.

"As pessoas amadurecem muito quando precisam enfrentar a própria mortalidade", afirmou.

"Cada pessoa experimenta uma série de emoções, como é esperado, que inclui negação, medo, arrependimento, mais negação e, em algum momento, aceitação."

A enfermeira garante que cada um dos pacientes que tratou "encontrou sua paz antes de partir".

Ware disse à BBC que, durante os anos em que trabalhou com estes pacientes, percebeu também que muitos se arrependiam de não terem tido "coragem para expressar seus sentimentos". "E isso se aplica tanto aos sentimentos positivos quanto aos negativos."

"Muitos diziam: 'queria ter tido coragem de falar que não gostava de uma coisa', ou então que queriam ter tido coragem de falar às pessoas o que realmente sentiam por elas", afirmou.

AMIGOS

Bronnie Ware também destacou outro arrependimento que notou entre seus pacientes: o de ter perdido o contato com os amigos.

A enfermeira afirmou que os amigos são importantes no fim da vida, uma vez que os parentes que acompanham um doente terminal também enfrentam muita dor.

Uma pessoa no leito de morte, segundo Ware, sente falta dos amigos, mas, muitas vezes, a perda de contato ao longo dos anos impede um reencontro.

A enfermeira também chama a atenção para o fato de que as pessoas se arrependem do que não fizeram. Na maioria dos casos observados por ela, as pessoas não pareciam se arrepender de algo que tinham feito.

A autora afirma que espera que seu livro "ajude as pessoas a agir hoje e a não deixar as coisas para amanhã e se arrepender depois".

Por: BBC Brasil